A adaptação escolar é um momento desafiador tanto para as crianças quanto para suas famílias. Esse processo pode variar significativamente de criança para criança, sendo mais rápido para algumas e mais lento para outras. Segundo a teoria do apego de John Bowlby, a transição para um novo ambiente, como a escola, representa uma separação temporária da figura de apego primária, o que pode gerar ansiedade e insegurança.
O choro, muitas vezes presente nessa fase, é uma expressão natural das emoções da criança. Ele reflete a dificuldade em lidar com a separação e a necessidade de conforto. Embora o choro possa causar desconforto aos adultos, é essencial compreendê-lo como uma manifestação saudável e transitória, que tende a diminuir à medida que a criança se sente mais segura no novo ambiente.
O acolhimento por parte da escola e dos pais é fundamental nesse processo. De acordo com Vygotsky, o desenvolvimento da confiança e da autonomia ocorre em interações sociais significativas. Por isso, os adultos precisam demonstrar segurança e confiança na escola, transmitindo para a criança a ideia de que ela está em um espaço seguro e estimulante.
A paciência, o diálogo e o suporte emocional são pilares para uma adaptação bem-sucedida. Quando os adultos validam os sentimentos da criança, oferecem acolhimento e mantêm uma postura tranquila, ajudam-na a construir vínculos positivos com o ambiente escolar, facilitando a transição e promovendo um desenvolvimento emocional saudável.
Stefany Silveira
Psicóloga Clínica e Escolar
CRP: 09/011873